Grupo de anunciantes processa Facebook e Zuckerberg pode ser afastado da presidência

A moção já está em andamento e a próxima reunião do conselho é no ano que vem

Etielly Haag
Por Etielly Haag
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Na última terça feira (16), o tribunal federal da Califórnia abriu novo processo contra o Facebook. A acusação é de que a empresa teria informações sobre o erro no cálculo de métrica na visualização de vídeos compartilhados com anunciantes meses antes de divulgá-las.

O Facebook fornece os dados às marcas sobre o desempenho de postagens orgânicas e, durante dois anos, os cálculos que contabiliza a média de tempo que os usuários passam assistindo os vídeos estavam incorretos.

Em 2016 o problema veio à tona, os anúncios sem impulso pago haviam sido inflados em até 900%, sendo que a plataforma afirmou terem sido inflados apenas entre 60% e 80%.

O processo atual é movido por um grupo de pequenos anunciantes e acusa a rede de práticas comerciais desleais e fraudes.

Em comunicado oficial, o Facebook alegou que o “não tem mérito e nós apresentamos uma moção para repudiar essas alegações de fraude”. Afirmou que os argumentos eram falsos e que comunicaram sobre o erro assim que descobriram a falha.

Acionistas do Facebook e a Controladoria da Cidade de Nova Iorque, Trillium Asset Management, fizeram uma moção solicitando o afastamento de Mark Zuckerberg da presidência do conselho da plataforma. O argumento é que uma liderança independente é importante para uma melhor direção do Facebook. Não é a primeira vez que uma moção assim é iniciada, mas nunca foi aprovada.

A CEO da Fundação Bill & Melinda Gates, Susan Desmond-Hellmann, foi indicada como mediadora entre os autores da moção e o criador da rede social. A próxima reunião sobre o caso acontece em 2019.