Grupo coreano quer tirar o projeto do trem entre Brasília e Goiânia do papel

Grupo A’REX manifestou formalmente interesse ao governo federal no trem de média velocidade entre Brasília e Goiânia, o 'Expresso Pequi'. Porém, solicita adaptações no projeto original

Paloma M. Carvalho
Por Paloma M. Carvalho
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O grupo coreano A’REX está interessado em tirar o projeto do “Transpequi” (ou Expresso Pequi) do papel. A empresa faz parte de um consórcio que administra uma linha que faz o transporte de passageiros entre Seul e aeroporto internacionais.

O interesse do A’REX já foi feito formalmente ao governo brasileiro, porém o grupo solicita adaptações no projeto original realizado pela ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres.

O documento da ANTT previa mais de 40 milhões de passageiros transportados no primeiro ano de operação, hipótese considerada otimista. O custo total do projeto, segundo os estudos, deveria atingir R$ 7 bilhões. Com as mudanças no projeto do grupo coreano, o investimento seria de R$ 8 bilhões; deste valor, cerca de R$ 3 bilhões viriam do setor público, que seria dividido ao longo de 30 anos de concessão.

Pelo estudo original da ANTT, o trem teria um percurso de 207 quilômetros, e rodaria a uma velocidade média de 160 km/h, com a passagem estimada em R$ 60. Já o grupo A’REX estima a passagem em torno de R$ 100, com um percurso de 250 km/h, além de rejeitar o transporte de cargas e incluir duas paradas, uma em Anápolis (GO) e outra em Samambaia (DF).