Goiânia recebe programa cultural gratuito para quem gosta de cinema

Estudantes aderem ao cineclubismo para melhor aprendizagem nas universidades

Redação Curta Mais
Por Redação Curta Mais
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O Cineclube é um movimento que nasceu a partir da importância que os espectadores davam para as discussões sobre as obras cinematográficas assistidas no início do século XX, na França. Esses debates eram vistos como uma ferramenta para melhor comunicação. Em 1925, ainda na França, nasce a Tribuna Livre do Cinema, inaugurando a tradição de sessões semanais seguidas de debate.

Basicamente, o Cineclube é um espaço de amostra de filmes, gratuito e sem fins lucrativos, seguido de debates sobre o tema abordado na obra cinematográfica.

Em Goiás, o Cineclubismo chega por volta dos anos 50 e, depois de várias etapas em sua evolução, o movimento vem crescendo muito nos últimos anos. Houve a criação de duas uniões de cineclubes. A União de Cineclubes de Goiás é uma entidade política que se posiciona como representante dos cineclubes a nível estadual, dialogando com entidades públicas com o objetivo de conquistar espaço, política de desenvolvimento e fundo de cultura.

A União de Cineclubes de Goiânia foca suas atividades ‘cineclubísticas’ na cidade, como a Feira do Cinema Goiano, realizado no meio deste mês (04). A União é representada por Francisco Javier Lillo Biagetti, 51 anos, mestre em Cinema e professor de Língua Espanhola e agrega em torno de 10 cineclubes dos quarenta que são registrados em Goiás.

Diversos projetos universitários são derivados dessa vertente. Como o Cineclube Laranjeiras, o CineAlpha, o projeto Mutamba (que pertence ao curso de Cinema do IFG, onde geralmente são apresentados filmes goianos produzidos pelos próprios alunos). O curso de Medicina da UFG também tem um cineclube próprio. A PUC oferece dois Cineclubes: o CineJor, do curso de Jornalismo e outro voltado para o curso de Arquitetura.

Os Cineclubes de Goiás abordam temáticas diversas. O Olhar Jurídico tem o intuito de relembrar e debater os direitos e deveres, muitas vezes corriqueiros, com os quais as pessoas lidam diariamente. O CineBandidas dá vida a marcantes mulheres da ficção.

O Fringe, outro cineclube, eleva temáticas jovens e ideológicas. Muitas vezes, os filmes são relacionados a modismos e drogas. A ideia geral é quebrar as barreiras imaginárias construídas pela sociedade ao falar sobre determinados assuntos.

O Cineclube Imigração apresenta, hoje (25), Os 33, de Patricia Riggen. O filme conta a história de um desmoronamento numa mina em Capiapó, no Chile. A única entrada e saída da mina é lacrada, prendendo 33 mineradores a mais de 700 metros abaixo do nível do mar.

Isolados num lugar chamado Refúgio e liderados por Mário Sepúlveda (Antonio Banderas), precisam racionar os alimentos disponíveis. Paralelamente, o Ministro da Energia, Laurence Golborne (Rodrigo Santoro), faz o possível para conseguir com que os mineiros sejam resgatados, enfrentando dificuldades técnicas e o próprio tempo.

O filme é baseado no livro de Hector Tobar, jornalista americano responsável pelo relato oficial dos sobreviventes de Capiapó. A história real aconteceu em 2010.

 

SERVIÇO

Cineclube Imigração

Quando: 25 de abril

Local: Espaço Sonhus – Rua RA-18 – Setor Central, Goiânia – GO

Horário: 19h

Informações: (62) 99113 – 1639

Entrada franca