Goiana foi eleita uma das personalidades mais influentes do mundo pela Time

Celina Turchi e jogador Neymar são os únicos brasileiros na lista dos 100 mais influentes do mundo

Paloma M. Carvalho
Por Paloma M. Carvalho
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Anualmente, a revista estadunidense ‘Time’ elege as 100 personalidades mais influentes do mundo. Neste ano, os brasileiros que figuraram na lista foram a médica goiana Celina Turchi e o jogador do Barcelona, Neymar.

A médica, natural de Goiânia, entrou pra história mundial da medicina ao descobrir a relação entre a microcefalia e o vírus da zika. Turchi foi reconhecida na categoria ‘Pioneers’ (Pioneiros, em português). Em dezembro de 2016, sua pesquisa teve notoriedade mundial pela revista ‘Nature’, quando apareceu no ranking dos 10 cientistas mais importantes do mundo.

“Turchi é apaixonada, motivada e um modelo de liderança global e de colaboração necessárias para a proteção da saúde humana.”, afirma na publicação o ex-diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), Tom Frieden.

Entre os pioneiros, a lista é liderada por Riz Ahmed, ator e cantor britânico, Samantha Bee, apresentadora de TV norte-americana focada na luta das mulheres, e pelo rapper Chance the Rapper, conhecido por disponibilizar os seus álbuns na Internet em vez de os vender.

Confira aqui a lista completa.

Sobre Celina Turchi
Celina Maria Turchi formou-se em Medicina pela Universidade Federal de Goiás no ano de 1981, possui mestrado em epidemiologia pela London School of Hygiene & Tropical Medicine/UK e doutorado pelo Departamento de Medicina Preventiva da USP.

A pesquisa
Quando Celina e seus colegas começaram suas pesquisas o conhecimento sobre o zika era extremamente limitado, não havia consenso em relação à definição de microcefalia. “Nem em meu maior pesadelo como epidemiologista eu havia imaginado uma epidemia de microcefalia em bebês”, pontuou a pesquisadora à revista ‘Nature’.

Turchi integrou uma rede de epidemiologistas, pediatras, neurologistas e biólogos que levou a resultados “formidáveis”, que permitiu gerar evidências suficientes para ligar a infecção por zika e a doença no primeiro trimestre da gravidez.

Sua ação contrariou parte da comunidade médica, que não acreditava em sua tese.