Fungo fatal tem se espalhado pelos hospitais de todo o mundo e pode chegar ao Brasil, segundo Anvisa

Conhecido como Candida Auris, o fungo causa infecções hospitalares e pode ser fatal em pacientes de unidades hospitalares intensivas

Natália Souza
Por Natália Souza
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Dos últimos cinco anos para cá, o fungo conhecido como Candida Auris tem se espalhado pelo mundo e causado problemas nos hospitais, atacando pessoas com o sistema imunilógico enfraquecido, e pode chegar ao Brasil.

De acordo com especialistas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os hospitais brasileiros correm o risco de serem astingidos pelo fungo, que ainda não tem um tratamento efetivo.

O fungo

O Candida Auris é responsável por causar infecções hospitalares, podendo ser fatal para os pacientes de unidades hospitalares intensivas. Entretanto, em pessoas saudáveis, o fungo acaba passando pelo seu corpo sem causar nenhum sintoma, fazendo com que ele seja transmitido silenciosamente.

O professor deinfectologia e diretor técnico do Laboratório Especial de Micologia da Escola Paulista de Medicina da UNIFESP, Arnaldo Lopes Colombo, alerta para o risco de infecção no Brasil. Ele fez parte da elaboração da nota técnica feita pela Anvisa, para avisar os hospitais brasileiros sobre a possibilidade da chegada do fungo. 

Já em 2017, uma nota teria sido emitida como um ‘Comunicado de Risco Nº 01/2017’, relatando os surtos de Candida Auris em serviços de saúde na América Latina. E, depois do Candida Auris chegar a Nova York, Nova Jersey e Illinois, os Centros Federais de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) colocaram o fungo na lista de germes considerados “ameaças urgentes”.

Uma análise internacional mostrou que o material genético encontrado nos fungos de diferentes partes do mundo é razoavelmente diferente, o que significa que ele não está migrando pelas regiões mas se desenvolvendo a partir de espécies preexistentes.

A farmacêutica Luana Rossato trabalha para entender o novo fungo, descoberto a 10 anos, e diz que apesar de matar menos que a Candida Albicans ele tem recebido destaque pela sua resistência fúngica e ser de difícil diagnosticação. Diferente da maioria dos fungos, que não sobrevivem por muito tempo em superfícies materiais e precisam de um ser vivo para se alimentar, este consegue viver por mais tempo nesses ambientes. Além disso, mesmo depois de se curar dos sintomas, os pacientes podem continuar com o fungo no corpo.

 

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Capa: Melissa Golden / The New York Times