Domingos Montagner: galã, homem de família, casado há 14 anos e pai coruja de três filhos

Na vida privada, ele se revelou tão estável quanto na profissional e era amado pela família e amigos

Redação Curta Mais
Por Redação Curta Mais
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Homem de família, Domingos Montagner era casado há 14 anos e pai de três filhos pequenos. Em uma entrevista recente à revista Cláudia ele falou sobre carreira e vida pessoal. O ator contou que, apesar da carreira de galã na televisão, sua paixão é incorporar no circo um palhaço de nome Agenor, pela sensação de pisar no picadeiro e arrancar gargalhadas.

Nascido e criado no bairro do Tatuapé, Zona Leste de São Paulo, com ascendência italiana graças ao avô paterno, o Santo de “Velho Chico”, da novela das 21h da TV Globo, jamais imaginou que se tornaria famoso. Entrou na faculdade de educação física logo após servir o Exército, ao mesmo tempo que ajudava os pais a cuidar do bar da família. Deu aulas em colégios para adolescentes durante uma década e competiu em equipes de handebol (até hoje, seu esporte favorito).

Na vida privada, ele se revelou tão estável quanto na profissional. Casado desde 2002 com a produtora Luciana Lima, dez anos mais nova do que ele, Montagner afirma ter encontrado na mulher uma de suas maiores incentivadoras. Conheceram-se no Rio Grande do Norte quando ele trabalhava em um grupo de teatro que promovia intercâmbio de linguagens com trupes de Natal. Uma semana depois, estavam apaixonados. Atualmente, Luciana administra e produz os espetáculos da companhia teatral do marido. À revista Cláudia, Montagner elogiou a autoconfiança da esposa. “Ela tem uma grande compreensão da minha rotina artística e respeito pelo meu trabalho, o que acho muito legal. Nosso diálogo é sempre gostoso, leve.” O casal tem três filhos: Leo, 13 anos, Antônio, 8, e Dante, 5.

Antes de Luciana, o ator já havia passado por um primeiro casamento, sem filhos, que durou 12 anos. “Sou louco pelos meninos. Procuro não criá-los para mim, e sim para o mundo, mas sou aquele tipo de pai canguru. Gosto de carregá-los comigo”, contou. Justamente para driblar a saudade, decidiu se mudar com a família toda para o Rio de Janeiro em julho de 2013, quando começaram as gravações de “Joia Rara”. Assim pôde somar a praia aos programas que costuma fazer com os pequenos, especialmente idas ao cinema e visitas a livrarias. “A cultura precisa ser apresentada às crianças como algo rotineiro, não como um evento especial”, defendeu. 

O ator alegou que sentir falta da casa com jeito de chácara que construiu no município de Embu das Artes, região metropolitana de São Paulo. É lá que o casal recebia os amigos mais chegados para jantar. “Luciana é uma cozinheira de mão-cheia”, disse. Ele também sabe se virar na cozinha. “Meu pai foi confeiteiro e trabalhou em pizzaria. Aprendi muita coisa com ele. Menos a comer fígado.” 

Com 1,87 metro de altura e 90 quilos, ele afirmou cuidar bem de sua alimentação não tanto por vaidade, mas em prol da saúde. Costuma sete horas por noite e mantém uma rotina regular de atividade física, composta basicamente de pedaladas de 15 quilômetros e exercícios funcionais de três a quatro vezes por semana. Reclama que os anos como trapezista de circo deixaram sequelas na coluna. Para relaxar, gosta de tocar saxofone e ouve discos de sua enorme coleção de vinis.

Sobre o casamento, Montagner desandou a falar dos ingredientes para uma relação feliz. “Um bom casamento é aquele que inclui uma grande dose de amizade, outra de praticidade”, disse. Ele considera importante para o convívio a dois não deixar que fantasias românticas atrapalhem o dia a dia. “Nada substitui a leveza e a honestidade”, justificou. “Escutar mais do que falar também é fundamental.” Embora tenha assumido ser um pouco ciumento, o ator disse ter aprendido com Luciana a não se deixar levar por esse tipo de sentimento. Ela nunca se abala ao vê-lo em ação com atrizes lindas, por mais quentes e comentadas que as cenas sejam. Segundo ele, sua mulher não teria mesmo motivos para ter inseguranças com isso. “O antídoto é manter o foco e o distanciamento”, disse, acrescentando, em seguida, mais elogios para Luciana. “Se não fosse casado com ela, não seria quem sou hoje.”

Quem o vê como o galã da Rede Globo, pode achar difícil imaginá-lo na pele do palhaço Agenor, mas Montagner deixou claro que não precisa de nariz vermelho para colocar na própria vida mais humor, algo que considera um gênero de primeira necessidade. “Não sou piadista, mas sei rir de mim mesmo e adoro usar da autoironia”, disse. “Quando incorporo o palhaço, no entanto, faço um exercício fundamental, que é o desapego do ego. Ao pintar o rosto, ironizo a beleza. Rebaixar o ego deixa você menos ansioso”.

Domingos morreu nesta quinta-feira (15), vítima de afogamento, aos 54 anos de idade. O corpo do ator foi encontrado após mais de 5 horas de busca. Ele desapareceu após mergulhar no Rio São Francisco durante intervalo das gravações da novela “Velho Chico”.

Até o momento, a família não se pronunciou sobre a tragédia.

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