Do tráfico ao time do Goiás: Conheça a história de Michael, o atacante destaque do Brasileirão

'Passa um filme na minha cabeça, eu não era nada', diz o jovem

Kariny Bianca
Por Kariny Bianca
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Principal destaque do Goiás na temporada, Michael hoje está em alta, mas fora de campo ele escapou da realidade das drogas e do crime. O jogador conta como era a sua vida e mostra que o futebol foi uma “salvação” pela condição em que estava. Hoje, com 23 anos, Michael é o melhor jogador do Goiás e se tornou o alvo de cobiça de gigantes brasileiros, inclusive, cogitado na seleção brasileira. 

Michael teve seus primeiros passos no futebol em um campo de terra em Goiânia. Foi aqui que ainda novo ganhou seu primeiro campeonato como jogador em um clube de várzea da região. “Passa um filme na minha cabeça, eu não era nada”, diz o jovem.

O artilheiro do Goiás elenca seu antigo estilo de vida desvairado: de dois a três maços de cigarro por dia, tomava cachaça com frequência e fazia uso de drogas como maconha, “loló” (lança perfume), ecstasy e cocaína. Como se não bastasse o uso das substâncias, Michael se envolveu com o tráfico de drogas. Foi especialmente por esse comércio ilegal que ele quase foi morto na porta de sua casa. “Tentaram me matar 6 vezes”, lembra.

Jogando no terrão, Michael ganhava cerca de R$ 20 por jogo e seu antigo treinador conta que uma vez o encontrou exausto pois tinha participado de cinco partidas consecutivas para poder pagar uma conta de luz de R$ 150. Muitos dos jogos aconteciam sem ele sequer ter almoçado.

Em 2015, Michael foi convidado para defender o Monte Cristo, pela terceira divisão goiana. No ano seguinte ele foi aceito no Goiânia, que era da segunda divisão do ‘goianão’, e depois foi para o Goianésia, até ser contratado pelo Goiás em 2017. Hoje, Michael é um dos destaques não apenas do Esmeraldino, mas do Brasileirão. “Eu quero mostrar para as pessoas que tudo é possível, todos podem ter uma oportunidade”, afirma. 

Assista a história completa: 

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