Conheça o jovem com síndrome de down que construiu um negócio milionário em apenas um ano

John tinha apenas 21 anos quando teve a ideia e seu pai deu total apoio

Júlia Marreto
Por Júlia Marreto
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John Cronin é um rapaz americano, de 23 anos, portador da Síndrome de Down, que vive em Long Island (NY-EUA). Em 2016, aos 21, John conversou com seu pai sobre abrir um negócio depois que terminasse o Ensino Médio, só não sabia ‘de quê’. John contou à BBC: “Minha primeira sugestão foi uma loja que vendesse algo divertido, mas não sabíamos direito o que vender”. Então, depois pensou em abrir um food truck mas, “Nós não sabemos cozinhar”,  brincou Mark, o pai de John.

A ideia milionário veio mesmo de algo que John usou a vida inteira, meias coloridas. “Meias são divertidas, são criativas e coloridas. E elas me deixam ser eu mesmo’, é o argumento de John. Segundo Mark, “John sempre usou, a vida toda, meias coloridas, meio doidas. Era algo que ele realmente gostava, e aí sugeriu que a gente vendesse meias”.

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A empresa

Então, em 2017, criou-se a John’s Crazy Socks (As meias loucas do John, em tradução livre). O empreendimento deu tão certo que em apenas um ano de mercado eles já tinham lucrado U$1,4 milhão e arrecadado U$30 mil para a caridade. O negócio ficou tão famoso que Jhon vendeu meias para Justin Trudeau, o primeiro-ministro do Canadá, e o ex-presidente dos Estados Unidos, George W. Bush.

Os sócios contam que o maior desafio, até então, foi conseguir atender toda a demanda. Só no primeiro mês, John entregou 452 pedidos. Apenas três meses depois, esse número subiu para 10 mil. “Nós ficamos surpresos com o quão rápido a empresa está crescendo”, contou Mark. E continua, “A maioria de nós usa algum uniforme ou tipo de roupa específico para trabalhar – pode ser um terno, uma camiseta polo, uma jaqueta laranja. Mas se você puder usar um par de meias para expressar sua verdadeira personalidade e adicionar um pouco de cor ao seu estilo, você pode fazer isso por U$10 ou menos.”

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O produto

As meias são vendidas online e enviadas ao cliente no mesmo dia, acompanhadas de um pacote de doces e um bilhete de agradecimento escrito a mão. Agora, se o endereço for próximo ao de John, ele faz questão de entregar pessoalmente. São mais de 1,4 mil diferentes tipos de meias, com todos os tipos de desenhos, desde gatinhos e cachorrinhos até caricaturas de Donald Trump.

John também frequenta eventos, fala com clientes e fornecedores e, ainda, criou a campanha ‘Meia do Mês’. Seu pai fala com muito orgulho, “John é uma verdadeira inspiração. Ele trabalha muito nessa empresa. Nós chegamos no escritório antes das 9h e saímos, na maioria das vezes, depois das 20h.”

A empresa também possui um viés social, além de 5% de todo o lucro da empresa ir para a instituição “Special Olympics”, que organiza eventos esportivos para pessoas com deficiência, possui uma linha especial, chamada “meias de conscientização”, para arrecadar dinheiro para instituições de caridade, como a Associação Nacional da Síndrome de Down e a Sociedade de Autismo da América.

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Objetivo

A grande meta da empresa é espalhar felicidade, para Mark, se trata de duas missões: social e negócios. “Não acho que seja suficiente apenas vender um serviço ou produto. Valores precisam fazer parte, e nós temos um modelo que está mostrando isso.” E John acrescenta: “O que nós fazemos é espalhar felicidade”.

Outro é que, com a expansão, pelo menos um terço da equipe seja formado de pessoas com deficiência. Para Mark “Nós estamos trabalhando para mostrar o que as pessoas com deficiência ou com dificuldade de aprendizagem podem fazer. Quando converso com empresários, sempre digo a eles que é urgente que eles contratem pessoas com deficiência. não é porque isso seria a coisa certa a fazer, mas porque eles são bons, porque todo mundo gostaria de trabalhar com bons profissionais e é isso que eles são. É uma quantidade enorme de gente que ainda não é aproveitada no mercado.”

O maior desejo de John e Mark é fazer com que a empresa cresça ainda mais. Estão prevendo a abertura de uma nova linha, para vender em pequenas lojas e construir um estúdio no escritório, para produzirem mais conteúdo para as redes sociais. John afirma com orgulho: “A síndrome de Down nunca me limitou em nada.”

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