Companheira da motorista de aplicativo encontrada morta em Goiânia deixa carta de despedida emocionante

Assassino confessou o crime nesta quarta-feira (23)

Bianca Stephania Siarom
Por Bianca Stephania Siarom
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Um caso de assassinato e estupro em Aparecida de Goiânia chocou todo o país na noite de domingo (20). Vanusa da Cunha Ferreira, de 36 anos, foi encontrada morta dois dias após desaparecer. Seu corpo estava perto de um motel no setor Jardim Copacabana.

Vanusa era técnica de enfermagem e atualmente trabalhava como motorista de aplicativo. No dia do seu desaparecimento, na sexta-feira (18), ela falou com a mãe pela última vez por volta das 23h. “Ela fez uma corrida com um passageiro que ela tinha o costume de maneira privada, mas não sabemos se depois ela fez outras corridas pelo aplicativo ou não”, disse a amiga e também motorista de aplicativo, Daniela Cassia Morais Ferreira. Para a polícia, um dos integrantes do grupo é o principal suspeito de cometer o crime.

Segundo a família, Vanusa chegou a mandar vídeos e fotos com um grupo que costumava transportar de forma privada de Goianésia para Goiânia, no fim da noite de sexta-feira (18). No entanto, a partir de 4h de sábado (19) ela parou de aparecer online nas redes sociais e de dar notícias. A motorista só foi encontrada morta na noite de domingo (20), com o corpo já em estado de decomposição, próximo a um motel de Aparecida de Goiânia.

Sua companheira, Juliana Ferreira, deixou uma carta aberta emocionante em seu Facebook. “Levarei em meu coração as suas lembranças, pois apenas assim terei forças para aguentar a realidade“.

Leia a carta na íntegra:

Não sei onde você está, se sabe o que falo, o que penso e o que sinto, mas sei que aqui só sinto uma tristeza imensa em saber que nunca mais terei você ao meu lado. A falta que fica é imensurável. Nunca pensei que seria tão difícil esse momento de despedida. A gente sabe que a vida é feita de começo e fim, mas não nos preparamos realmente para dizer adeus. Eu queria ser capaz de te abraçar e não te soltar nunca mais… Meu amor, espero que um dia possamos nos encontrar novamente. Aí, de onde estiver, me proteja. Coloque seus olhos em mim e me deseje coisas boas. Me indique o caminho e me espere. Um dia encontro você novamente, sei disso.
Como viver sem ti? Você foi a minha companheira de vida, meu bem, Minha melhor amiga e o meu amor… Não sei como seguir em frente sem você ao meu lado. Levarei em meu coração as suas lembranças, pois apenas assim terei forças para aguentar a realidade. Por que tivemos que dizer adeus?

Confira o post:

O Caso

Nesta quarta-feira (23), o caso parece começar a ter um desfecho. Suspeito de matar a motorista de aplicativo Vanusa da Cunha Ferreira, Parsilon Lopes dos Santos, que estava junto com o grupo que aparece em vídeo enviada pela Vanusa, disse que cometeu o crime após a vítima se negar a manter relação sexual com ele depois de uma corrida particular. Segundo a Polícia Civil, ele ainda estuprou a mulher após matá-la.

“Na versão dele, ele diz que os dois estavam no carro e achou que tinha pintado um clima entre eles e aí começou a abraçá-la, fazer algumas brincadeiras. Ela negou, disse até que aquela não era a orientação sexual dela”, explicou a delegada Mayana Rezende.

De acordo com as investigações, nesse momento, o suspeito decidiu tentar estuprar a mulher. Para fugir dele, Vanusa saiu do carro. “Ele a segurou com força pelo braço. Eles acabaram caindo. Vanusa bateu a cabeça no meio fio e perdeu os sentidos. Depois disso, ele ainda bateu a cabeça da vítima novamente contra o chão”, completou Mayana. Depois da morte, o suspeito ainda abusou sexualmente da vítima. “Eu tirei a roupa, cheguei a fazer algumas coisas, mas não completei o ato”, disse o empresário.

 Vanusa da Cunha Ferreira e Parsilon Lopes dos Santos em foto tirada antes do crime, durante corrida particular — Foto: Reprodução/ TV Anhanguera
Vanusa da Cunha Ferreira e Parsilon Lopes dos Santos em foto tirada antes do crime, durante corrida particular — Foto: Reprodução/ TV Anhanguera

Com Informações do g1 | Imagens: Facebook | Reprodução