Animais são treinados para participarem de ações terapêuticas em asilos em Goiânia

Projeto Alegria Terapia Animal proporciona melhor qualidade de vida a idosos em asilo da capital

Júlia Marreto
Por Júlia Marreto
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O projeto Pata [Projeto Alegria Terapia Animal] é viabilizado pela Universidade Federal de Goiás [UFG] e tem como objetivo oferecer a pessoas idosas contentamento e satisfação mental, fortalecimento do quadro emocional e auxiliar o desenvolvimento físico, através da intereção animal humano. As visitas acontecem mensalmente no Asilo Solar Apóstolo Tomé, no Setor FinSocial, na capital. Trinta e três (33) idosos recebem o carinho dos Pet-terapeutas.

Os animais que participam do projeto são selecionados por adestradores especialistas em comportamento animal, os profissionais identificam no animal se este apresenta ou não as características necessárias para ser um pet-terapeuta. Além disso, os animais também recebem acompanhamento veterinário para monitoramento de doenças e acompanhamento da condição física. Outro detalhe importante é o tempo de permanencia do animal no local, que é limitado, evitando que sofra estresse.

O projeto proporciona aos idosos atividades que estimulam o físico e o psicológico, como jgos de adivinhação para exercitar a memória, atividades com bola, fotografia, maquiagens e rodas de música.

O método ‘pet-terapeutas’ foi criado no final do século 19, na Bélgica, quando médicos notaram que pacientes com deficiência mental socializavam melhor ao começarem a conviver com animais. Outro aspecto notado foi o resgate da afetividade, especialmente em grupos com restrição de comunicação. Agora, para surtir efeito é necessária a interação entre o paciente e o animal.

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Imagem: Vinícius Paiva 

Adoção Responsável

De acordo com a OMS [Organização Mundial de Saúde], só no Brasil, são aproximadamente 20 milhões de cães abandonados e 10 milhões de gatos. Goiânia ainda não possui apoio governamental para fomentar a castração e potencializar projetos contra o abandono de animais domésticos, sendo este um problema de saúde pública e bem-estar animal.

Os animais que fazem parte do projeto Pata não possuem raça-definida [também chamados de vira-latas] que foram resgatados nas ruas da cidade.

O cachorrinho do projeto, Lupe, foi abandonado com apenas uma ano de idade e resgatado pela ONG Vida Lata. Ele passou por um lar temporário, até ser adotado pela atual família da qual faz parte. Enquanto a gatinha, Madonna, também resgatada, se sente bastante confortável ao chegar no asilo. Ambos trocam amor e carinho com os idosos, em uma relação mútua de amizade.

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Imagem: Letícia Camargo

Seja Voluntário

Por não ter apoio financeiro, o projeto passa por alguns empecilhos, como a decadência de voluntários, especialmente nas áreas de Fisioterapia, Fotografia e Musicoterapia. Mas, para ser voluntário não é preciso, necessariamente ser um profissional dessas áreas. Qualquer pessoa que se disponha de coração a levar um pouco de amor, carinho e dedicação são bem-vindas. Para participar, basta entrar em contato através das redes sociais do projeto.

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Fonte: Ascom UFG
Imagem em destaque: Lucas Lima