Estudo aponta que a prática regular de exercícios físicos reduz casos de depressão

O trabalho, publicado na revista BMC Medicine, analisou homens e mulheres de 37 a 73 anos

Thaís Muniz
Por Redação Curta Mais
corrida

Já que a segunda-feira está chegando, e sendo ela o dia oficial para iniciar atividade física e novos projetos, aqui está uma notícia que pode te deixar ainda mais animado!

Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Glasgow, na Escócia, e publicado na revista científica BMC Medicine, sugere que um terço os casos de ansiedade e depressão poderiam ser evitados se as pessoas que desenvolvem estes diagnósticos praticassem atidades físicas regulares. O exercício é um tratamento bem conhecido para aqueles com depressão, estando presente inclusive nas prescrições médicas.

O trabalho, que envolveu mais de 37 mil pessoas, apontou que se todos conseguissem fazer 75 minutos por semana de exercícios vigorosos (o que faz você respirar com dificuldade e inclui corrida e natação), isso poderia prevenir quase 19% dos casos de depressão e ansiedade.

E se todos nós fizéssemos entre duas horas e meia e cinco horas por semana de atividade moderada (que faz você respirar mais rápido e inclui caminhada rápida, ciclismo e dança), outros 13% dos diagnósticos de depressão e ansiedade poderiam nunca existir.

Essas descobertas sugerem que quase um terço dos casos de depressão e ansiedade, que afetam um em cada cinco adultos no Reino Unido, podem ser prevenidos por meio de exercícios. O estudo, publicado na revista BMC Medicine, analisou pessoas de 37 a 73 anos que não tinham ansiedade. Eles receberam rastreadores para monitorar a atividade física.

Quando foram acompanhados, por quase sete anos em média, cerca de 3% desenvolveram depressão ou ansiedade. Com base nos resultados, os pesquisadores calcularam que as pessoas sedentárias que mudaram para 75 a 150 minutos por semana de atividade vigorosa teriam 29% menos probabilidade de desenvolver depressão ou ansiedade. Fazer 150 a 300 minutos por semana de atividade física moderada reduziria o risco de ficar ansioso ou deprimido em 47%.

Mais pesquisas são necessárias, pois os autores do estudo ainda não entendem se é o próprio exercício que faz a diferença. Embora a atividade física inunde o cérebro com substâncias químicas de recompensa, os benefícios podem ser mais sobre o exercício com outras pessoas e o impulso que recebemos da socialização.

 

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