7 vezes em que a ciência mudou sua vida em 2017 e você ainda não percebeu

Veja como o mundo mudou ao longo de um ano e o que isso reflete na sua vida

Redação Curta Mais
Por Redação Curta Mais
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O ano de 2017 foi uma verdadeira revolução no mundo da ciência. Entre tantas descobertas e feitos, técnicas revolucionárias para salvar vidas foram alcançadas. Além disso, fenômenos que puderam ser observados nos mostram um novo caminho para maior compreensão de nosso universo. Tantas mudanças, especialmente boas, aconteceram em prol da vida humana e sua evolução. Até a descoberta de um novo ‘sistema solar’ que, quem sabe um dia, poderá abrigar vida. Pensando nisso, nós aqui da redação do Curta Mais, selecionamos essa listinha com 7 vezes em que a ciência mudou sua vida em 2017 e você ainda não percebeu. Confira:

1 – Asteroide em formato de charuto

A ciência já previa que um asteroide interestelar passaria pela Terra, mas só em 2017 é que o primeiro foi registrado. Batizado de ‘Oumuamua’ [que, na língua local, significa: mensageiro de longe que chega primeiro’],  foi descoberto por uma equipe de cientistas que usavam o Pan-Starrs, um telescópio havaiano. Os primeiros indícios de que se tratava de um corpo interestelar foram sua trajetória e velocidade. Não apenas, é um dos corpos celestes mais longos já registrados e seu formato, parecido com um charuto, foi o que mais chamou a atenção. Depois de observado por telescópios mais potentes, chegou-se a conclusão de que, apesar de não possuir nenhuma tecnologia inteligente, é provável que exista água dentro desse asteroide. Essa conclusão foi tirada ao medir a maneira como ele reflete a luz solar, por ser parecido com objetos gelados do nosso sistema solar.

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2 – Novos parentes

Em julho deste ano, pesquisadores divulgaram fósseis de cinco humanos pré-históricos encontrados no norte da África, comprovando que a espécie Homo Sapiens teria surgido, mais ou menos, 100 mil anos antes do que se sabia. Isso quer dizer que nossa espécie não se desenvolvia apenas em um lugar do continente, mas em todo ele. Além dessa descoberta, outra foi a definição da idade de ossos encontrados e divulgados em 2015, de uma nova espécie de humanos, o Homo Naledi. Até então, acreditava-se que os 15 esqueletos poderiam ter até 3 milhões de anos mas, esse ano, o líder da equipe, Lee Berger, afirmou que os fósseis tem entre 200 e 300 mil anos, indicando que podem ter convivido com os homo sapiens.

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3 – O outro sistema solar

Logo no início do ano, em fevereiro, um novo sistema planetário foi descoberto. Muito parecido com o nosso, o ‘novo’ sistema possui 7 planetas, muito parecidos com os ‘nossos’, que orbitam uma estrela nomeada TRAPPIST-1, localizada há 41 anos-luz do Sol. Dos 7, 3 desses planetas estão no que os cientistas chamam de ‘zona habitável’. Esse sistema fica na constelação de Aquário e pode ser a indicação de que a Via Láctea possui diversos corpos celestes semelhantes ao nosso planeta. Quanto mais descobertas desse gênero, mais perto estamos de encontrar outras formas de vida no universo.

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4 – Edição genética futurista

Cientistas da Coreia do Sul e Estados Unidos conseguiram, pela primeira vez, corrigir embriões humanos que possuíam um gene defeituoso, responsável pela miocardiopatia hipertrófica – doença que pode fazer o coração parar de bater -, que afeta 1 a cada 500 pessoas. Essa doença é causada pelo erro em único gene e as chances de passar para os filhos é de 50%. Descrita como ‘cirurgia química’ de precisão. Esse procedimento foi desenvolvido em 2016, mas apenas neste ano, durante uma concepção in vitro. Em setembro, uma equipe chinesa afirma ter conseguido corrigir embriões humanos portadores da talassemia – uma doença hereditária do sangue. Essas conquistas são importantes pois, futuramente, podem evitar cerca de 10 mil distúrbios hereditários.

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5 – Iceberg gigante

Que o aquecimento global já está mostrando o resultado de seus efeitos é fato. No final de julho de 2017, um iceberg gigante se desprendeu da plataforma de gelo Larsen C, na Antártica. A rachadura na sua superfície já vinha sendo acompanhada há 10 anos. Para se ter ideia da dimensão dessa bloco de gelo, ele cobria uma área de 6 mil km² (12% de toda a plataforma). Atualmente a Larsen C está em seu menor tamanho desde a última Era do Gelo, há mais de 11 mil anos. Ainda não se sabe o que acontecerá e como esse gigante bloco de gelo irá responder ao aquecimento global. O que se prevê é que, caso ela entre em colapso, a água liberada será suficiente para aumentar todo o nível dos oceanos [em todo o planeta] em um centímetro.

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6 – O fim da sonda Cassini

Ao longo dos 13 anos que esteve ativa [desde 2004], a sonda observou mares e lagos de metano em Titã – a maior lua de Saturno -, descobriu gêiseres [uma espécie de fonte termal] espirrando água de um oceano subterrâneo em Encélado, um satélite gelado, além de testemunhar uma gigantesca tempestade ao redor de Saturno. O fim da sonda chegou quando seu combustível começou a acabar e a Nasa decidiu que a melhor solução seria destruí-la. E assim o fez, no dia 15 de setembro. Até em seus últimos momentos, Cassini conseguiu enviar imagens para a Terra, cumprindo seu papel.

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7 – Previsão de Einstein foi confirmada

Este ano ficará marcado na história das ondas gravitacionais. Pela primeira vez, cientistas conseguiram observar a colisão entre duas estrelas mortas, que só foi possível pela detecção de ondas gravitacionais [flutuações no espaço-tempo previstas por Einstein há mais 100 anos]. No ano passado, o observatório Ligo (EUA) descreveu o fenômeno depois da análise da colisão de dois buracos negros. A colisão de estrelas de nêutrons foi considerada pela revista Science a descoberta do ano. “A explosão confirmou vários modelos-chave da astrofísica, revelou como surgiram vários elementos pesados e testou a Teoria da Relatividade (de Einstein) como nunca antes”. Para se ter uma ideia, uma colher de chá dessas estrelas pesaria um bilhão de toneladas. De acordo com o astrônomo inglês, Martin Rees, em nota na ocasião: “Essas estrelas são um laboratório de física extrema: é um material exótico, rico em nêutrons; e, quando são desmembradas, gera-se radiação exótica […] que produz elementos como o ouro. É algo muito empolgante”.

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Então pessoal, o que acharam da matéria? Encontraram algum erro? Ficaram com dúvidas? Possuem sugestões? Não se esqueçam de comentar com a gente!

Imagens: BBC