6 motivos para morrer de amores por Cavalcante, na Chapada dos Veadeiros

Um mergulho em cultura, turismo e aventura!

Redação Curta Mais
Por Redação Curta Mais
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O município de Cavalcante possui muitas belezas escondidas e ainda pouco exploradas. Com mais de 150 cachoeiras catalogadas (nem todas com acesso aberto para visitação), o local vem atraindo cada vez mais turistas que frequentam a Chapada dos Veadeiros. Por isso resolvemos trazer 6 motivos para você conhecer esse destaque turístico no estado de Goiás. Vai preparando as malas:

1. Cachoeira Santa Bárbara

A Cachoeira Santa Bárbara, localizada no município de Cavalcante – que fica na Chapada dos Veadeiros, é um dos principais motivos para você conhecer a cidade agora mesmo!

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A paisagem do caminho é encantadora e a trilha é bem tranquila. O trajeto contorna montanhas e colinas cobertas com campos floridos, flores e vegetações típicas do cerrado.

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À caminho da cachoeira principal você encontrará a Cachoeira Santa Barbarinha, que é uma espécie de “miniatura” da Santa Bárbara. Ela recebeu esse nome pela semelhança na tonalidade da água e uma pequena queda d’água propícia para banho.

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Enfim, ao chegar na Cachoeira Santa Bárbara você estará de frente a uma das cachoeiras mais lindas do Brasil. Famosa por suas águas cor de turquesa, a queda d’água forma uma piscina natural que parece uma miragem! Todo o cansaço da trilha será recompensado com um mergulho no poço verde e uma hidromassagem natural próximo à queda d’água.

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2. Mirante da Nova Aurora

Localizado no topo da Serra da Nova Aurora, você pode chegar até o mirante pela estrada que liga Cavalcante à Comunidade Kalunga. O lugar é bem sinalizado e há placas indicativas para chegar até lá.

Com a visão panorâmica que o local proporciona é possível ver (e entender) a dimensão dos morros, depressões e veredas que formam a Chapada dos Veadeiros. Aproveite o momento para contemplar o horizonte que só o Cerrado tem. <3

A experiência que você vai ter ao dar de cara com a vista vai ser inesquecível:

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A dica de ouro é ir no final da tarde para presenciar um pôr-do-sol digno de cinema! Também vale a pena dar uma pausa para sentir o ar puro e tirar fotos incríveis.

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3. Cachoeira da Capivara

Ofuscada pela cachoeira vizinha, Santa Bárbara – que é o foco da maioria dos turistas, a Capivara também tem acesso pela comunidade Kalunga e, apesar de não ser claro para todos que visitam a área, está inclusa na diária paga aos guias. Portanto, atente-se para a dica: o pacote inclui os dois passeios!

Para chegar à trilha da cachoeira é necessário seguir um percurso de aproximadamente 1 km (que pode ser feito de carro). Chegando ao local, começa a trilha com uma caminhada de 800 metros. Grande parte do percurso é de nível fácil, porém uma parte mais íngreme da trilha é entre pedras – exigindo uma atenção maior. Para facilitar o trânsito de pessoas, foi construída uma estrutura de madeira que facilita a chegada à cachoeira.

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E o esforço vale a pena! A trilha é decorada com várias flores exuberantes e plantas nativas do cerrado e tem uma trilha sonora calmante de águas caindo, além de contar com duas paradas especiais: o primeiro ponto é uma pequena queda d’água com um lindo poço e piscina com águas verdes e calmas. Carinhosamente apelidada de Capivarinha, o local é uma excelente área para aproveitar e curtir longos banhos com uma vista incrível. Por lá você encontra um precipício que se tornou um mirante devido à vista espetacular. É um lugar inspirador e com uma paisagem privilegiada.

Abaixo do poço são formadas duas cachoeiras com cerca de 40 metros de altura. A primeira é formada pelo Rio Capivara e a outra pelo Córrego Tiririca. Ambas se encontram e formam um enorme poço perfeito para banhos e mergulhos. As águas, então, seguem para um cânion gigante que tem uma vista sensacional! O cenário é um show à parte, sem contar na massagem relaxante que a queda d’água proporciona.

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4. Mirante da Cachoeira Ave Maria

Dizem que seu nome se deve à cachoeira ter a forma da Santíssima Trindade e à expressão que as pessoas soltam ao ver aquela queda d’água encantadora: “Ave Maria!”. :’D

Dentro do território Kalunga, o Mirante se localiza no topo da primeira serra à 14km da cidade. O lugar é fácil de ser encontrado (a estrada de terra tem placas que indicam a entrada) e é possível ter acesso com carro, sendo a trilha bem pequena e de dificuldade baixa. O caminho é cercado por árvores do cerrado, que estão devidamente identificadas com plaquinhas que levam o nome e a espécie de cada uma.

Ao final do passeio, o grande momento: um mirante que fica bem em frente à cachoeira. A visão é incrível, e o contato com a natureza transmite uma energia positiva de impressionar! O belo despenhadeiro serve como palco para ter momentos especiais contemplando a grandiosidade da natureza e a visão deslumbrante que ela proporciona.

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A magnífica queda d’água tem  120 metros de altura, corta dois imensos paredões e está confinada dentro de um cânion (por isso não é possível o acesso por baixo). O local proporciona uma experiência visual e sensorial inesquecível, que ressalta a imensidão da Chapada dos Veadeiros. Vale a pena conferir de perto!

Como todo passeio de ecoturismo, vale lembrar que é preciso tomar cuidado! É importante não se distrair com a beleza do local e deixar de lado a segurança; já que o local não tem proteção ou estrutura para apoio no mirante. O abismo é profundo, então evite chegar nas beiradas.

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5. Cachoeira Candaru

A Cachoeira do Candaru reserva belas paisagens com vários poços para banhos e vegetação muito preservada. Para aqueles que gostam de aventura e querem algo a mais, a caminhada até a Cachoeira do Candaru vale a pena! São 6km (ida e volta) de uma trilha cercada de flores exuberantes, plantas e árvores nativas do cerrado, além de um trecho entre plantações de arroz e milho que tornam o trajeto ainda mais curioso. A caminhada leva em torno de 40 minutos, e exige maior preparo físico, já que há alguns pontos bem íngremes.

Ao final da trilha e na parte baixa da cachoeira você vai se deparar com um visual incrível! A imponência de 70 metros de queda d’água é de encantar qualquer um.São duas quedas e dois poços gigantes prontos para se refrescar. O poço da queda mais alta é maior e mais fundo, sendo melhor para mergulhar – no entanto, é necessário fazer uma pequena trilha para ter acesso à parte superior. A queda de baixo também tem um poço grande e muitas rochas ao redor para sentar, descansar e admirar as belezas do lugar. É um excelente local para usufruir de uma hidromassagem natural que as quedas d’água proporcionam.

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6. Comunidade Kalunga

Na língua banto, de origem africana, Kalunga significa lugar sagrado, de proteção.

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Além de contar com belas atrações naturais, a pequena cidade é berço dos Kalunga – a maior comunidade de remanescentes quilombolas do Brasil. É interessante ressaltar que essa é uma comunidade que construiu a sua cultura ao longo de quase 300 anos de isolamento (que foi uma maneira do povo Kalunga de encontrar a liberdade). Até 1982 não havia um levantamento sobre sua sociedade – que só teve seu valor reconhecido pela antropóloga Mari Baiocchi.

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A origem da comunidade aconteceu a mais de 200 anos, quando seus ancestrais fugiam da escravidão em pleno ciclo do ouro e da garimpagem. Na época, Goiás passava pelo período de colonização e começou a ser desbravado pelos portugueses. Cansados da submissão e dos castigos sofridos na exploração das minas de ouro, os escravas fugiram em busca de liberdade. Se escondendo nas matas e em locais de difícil acesso, acabaram criando seus quilombos em um dos lugares mais bonitos do Brasil, no norte do estado – Chapada dos Veadeiros.

Em uma área de mais de 230 mil hectares, o quilombo Kalunga ocupa um vasto território que abrange parte de três municípios de Goiás: Cavalcante, Monte Alegre e Teresina de Goiás.

Com aproximadamente 90% da sua área ambiental preservada, o local foi reconhecido oficialmente, em 1991, como Sítio Histórico que abriga o Patrimônio Cultural Kalunga e Patrimônio Histórico e Cultural do Brasil.

 

Dicas para aproveitar melhor o município de Cavalcante:

– Para conhecer a fundo a cultura local, tome café da manhã no CAT – que além de vender, lanches, doces e um caldo de cana com limão maravilhoso, tem uma lojinha de artesanatos, temperos e coisas produzidas pelos Kalungas.

– O CAT abre às 8h e é necessário contratar um guia para fazer os passeios. A taxa cobrada por pessoa para entrar nas cachoeiras é de R$ 20 e cada guia cobra R$ 70 para grupos de até 7 visitantes.

– Antes de seguir para a cachoeira, reserve o almoço em algum restaurante da região. A comida é simples e típica, e oferece opções como frango caipira, peixe, paçoca de carne, mandioca frita e sucos naturais de frutas do cerrado. O preço médio é de R$ 25 à vontade por pessoa.

Para poder ter maior contato com a cultura dos Kalunga e conhecer toda essa beleza da região, será preciso ficar mais de um dia. Por isso se hospede em Cavalcante ou na própria comunidade. Apesar de oferecer pouca estrutura, há áreas de camping e aluguel de casas da região.

– Abasteça o seu carro antes de subir a estrada de terra que liga Cavalcante à comunidade dos Kalungas.

– Nenhum lugar na comunidade passa cartões (crédito/débito), portanto se previna e leve dinheiro em espécie.

 

Informações úteis:

CAT Alto Paraíso: (62) 3446-1159

CAT Cavalcante: (62) 3494-1507

CAT Comunidade Kalunga: (62) 99802-4122

Distâncias: 33km de Cavalcante | 142km de Alto Paraíso | 157km de São Jorge

 

Fotos: Marcos Aleotti/Curta Mais