11 curiosidades sobre pontos históricos e culturais de Goiânia

Para a reforma do Coreto, por exemplo, foi necessário encontrar o pedreiro que participou de sua construção

Redação Curta Mais
Por Redação Curta Mais
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A cidade de Goiânia, fundada em 24 de outubro de 1933, possui uma rica e interessante história. A cidade, por exemplo, quase se chamou Petrônia e atualmente possui a maior feira ao ar livre da América Latina, dentre outras inúmeras peculiaridades.

Os diversos pontos históricos e culturais do município possuem interessantes histórias, que sem dúvida demarcam a riqueza material e imaterial característica da capital.

Confira a seguir algumas curiosidades de alguns desses lugares na cidade de Goiânia:

 

1. O setor aeroporto realmente tinha um aeroporto

O nome “setor aeroporto” não é por acaso. Lá encontrava-se o primeiro grande aeroporto de Goiânia, construído ainda na década de 1930. Graças ao crescimento desordenado da cidade, sobretudo o chamado “boom imobiliário”, o aeroporto teve que mudar de lugar no ano de 1956.

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Foto: Eduardo Bilemjian / Reprodução – G1

No ano de 1937, havia sido recomendado ao governador de Goiás a construção de um aeroporto completo na capital. A obra original era composta por duas pistas na forma de cruz, uma delas é, hoje, a Avenida República do Líbano. Em 1969, o local foi transformado na Praça do Avião, que possui uma réplica do 14-BIS, obra do artista plático Fernando Nolêtho.

 

Leia também: Endereços que provam porque o Setor Aeroporto é muito mais que a Praça do Avião

 

2. O primeiro “Palácio do Governo” era em uma árvore

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Foto: Samuel Straioto / Reprodução – G1

O então governador Pedro Ludovico Teixeira, conhecido fundador de Goiânia, tinha o hábito de colocar sua mesa embaixo de uma árvore amoreira, fazendo desta o ‘primeiro palácio’ do do governo na cidade. A árvore existe até hoje, na rua 24, e poucos que passam por ali sabem de sua importância história.

 

3. O Coreto da Praça Cívica mudou de forma e voltou ao que era antes

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Foto: Wikimedia Commons

O Coreto da Praça Cívica foi construído no ano de 1942, com a intenção de sediar manifestações artísticas, culturais e também de cunho político. Sua fundação ocorreu durante o batismo cultural da cidade. Foi modificado inúmeras vezes ao longo do tempo, voltando ao seu modelo original em 1978, o que envolveu a participação de um pedreiro que esteve presente na primeira construção.

 

4. Divisão de Patrimônio Histórico da Secretaria de Cultura já foi o Grand Hotel de Goiânia

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Foto: grandehotelgoiania.blogspot.com.br

O Grande Hotel foi construído em 1936 e era um dos prédios de maior destaque na paisagem da cidade. O local foi ponto de encontro de empresários, políticos e grandes nomes da alta sociedade da época. A construção existe até hoje, mas não funciona mais como hotel há várias décadas, sendo atualmente administrada pela Secretaria Municipal de Cultura como Divisão de Patrimônio Histórico.

 

5. Já tentaram criar um túnel entre o Teatro Goiânia e o Palácio das Esmeraldas

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Foto: biblioi9.files.wordpress.com

Uma das obras inauguradas durante o Batismo Cultural da capital foi o então chamado de Cine Teatro Goiânia, hoje conhecido somente como “Teatro Goiânia”, que até hoje conserva sua arquitetura original. Durante a Ditadura Militar, o governo tentou construir um túnel ligando o local com o Palácio das Esmeraldas. O projeto não deu certo e o túnel criado foi fechado.

 

6. O Lago das Rosas era o espaço dos mais humildes

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Foto: cicacarvello.com

O parque mais antigo da capital, o Lago das Rosas foi construído em 1940, recebendo esse nome por ter sido erguido sobre um grande e conhecido canteiro de rosas que encantava a população da capital na época. Durante muito tempo, o local ficou marcado por ser o ponto de encontro e lazer da população menos abastada, uma vez que a alta burguesia preferia o Jóquei Clube. De maneira pejorativa, muitos chamavam o lago de “piscina pública”.

 

7. O Monumento às Três Raças tem, na verdade, outro nome oficial

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Foto: Marcos Aleotti / Curta Mais

O nome oficial do Monumento às Três Raças, localizado na Praça Cívica, é “Monumento a Goiânia”. Apesar da popularidade do segundo nome e do sentido lógico e óbvio que ele denota, o nome oficial representa a verdadeira identidade do monumento: uma homenagem ao povo goiano e à fundação e criação de Goiânia.

 

8. O Mercado Central tinha outro endereço

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Foto: Eduardo Bilemjian / Reprodução – G1

O Mercado Central de Goiânia foi inaugurado em 1950, onde hoje funciona o prédio Pathernon Center. Depois foi transferido para onde é atualmente o Camelódromo do Centro e, finalmente, em 1986, passou a funcionar no local onde hoje se encontra, na rua 03. Originalmente, o mercado funcionava para abastecimento de produtos alimentícios, transformando-se em espaço comercial quando o varejo tomou conta da cidade.

 

9. A feira Hippie é a maior a céu aberto da América Latina

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Foto: Marcos Aleotti

Criada em torno de um conhecido personagem da cidade da década de 1970, o Mauricinho Hippie, a Feira Hippie começou a funcionar inicialmente no Parque Mutirama, depois na Praça Cívica e, por último, no local onde hoje se encontra, próximo à rodoviária da Avenida Goiás. Trata-se da maior feira a céu aberto em toda a América Latina.

 

10. O Centro Cultural Martim Cererê já foi um reservatório de água

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Foto: Divulgação – Governo de Goiás

O Martim Cererê era inicialmente um conjugado de três reservatórios de água para abastecer o setor Sul. Os reservatórios foram transformados em teatros e o espaço foi inaugurado como centro cultural em 1988. Existem histórias que dão conta de supostas torturas realizadas no local pela Ditadura Militar.

 

11. Academia Goiana de Letras funciona em uma das primeiras construções da capital

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Foto: Reprodução – Luísa Gomes – G1

A casa de Colemar Natal e Silva, fundador e primeiro reitor da Universidade Federal de Goiás, foi uma das primeiras edificações da capital do estado. Localizada na Rua 20, hoje a casa abriga a Academia Goiana de Letras.

 

 

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Foto de capa: Arquivo Curta Mais