10 razões para amar o bairro de Campinas em Goiânia

Curta Mais fez um tour pela História e traz para você 10 motivos pra amar a velha Campininha das Flores

Redação Curta Mais
Por Redação Curta Mais
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Como não amar o bairro de Campinas?

Localizado na zona oeste da capital, Campinas é considerada a mãe de Goiânia, e como toda boa mãe generosa, abriu mão da condição de município para integrar o projeto de desenvolvimento político e econômico do Estado de Goiás que decidiu trazer a nova capital (a anterior era a Cidade de Goiás) para a região. O decreto de 1935 transformou a então cidade do interior goiano em um bairro do recém-criado município de Goiânia.

Ônibus do transporte coletivo que fazia o trajeto da Praça Joaquim Lúcio até a Praça do Bandeirante em 1 (!!!) hora.

 

Até meados de 1933, Campinas das Flores, depois renomeada Campinas, era uma cidade com 123 anos de história com grande extensão de terras, que posteriormente foram doadas por fazendeiros da região para a construção da nova capital. A “mãe” Campinas renunciou a tudo em nome do progresso do Estado de Goiás, e o resultado dessa decisão viria muito tempo depois; o setor perdeu as características bucólicas de uma típica cidade interiorana e passou a fazer parte da rotina agitada de uma grande capital. Campinas ganhou e perdeu: ganhou em desenvolvimento e perdeu em qualidade de vida, e hoje em dia são poucos os campineiros que residem no bairro, expulsos pelo forte comércio da região que acabou deixando o local sem condições de ser habitado.

Apesar das dificuldades – entre elas um trânsito caótico -, Campinas merece ser reverenciada e conhecida pelo povo goiano. Um pouco da história de Goiás passa pelas ruas que combinam um intenso comércio (Campinas é o maior polo atacadista de Goiânia), casas históricas e lugares emblemáticos, como a Matriz de Campinas, o Mercado, a Praça Joaquim Lúcio e a Biblioteca Municipal Cora Coralina. Curta Mais fez um tour pela História e traz para você 10 razões pra amar Campinas. Confira:

 

Praça Joaquim Lúcio

A Praça Joaquim Lúcio é motivo de orgulho para os goianienses, especialmente para os campineiros, sejam os de nascimento ou de coração. Marco do Setor Campinas, fica em plena Avenida 24 de outubro, a principal do bairro, e nasceu antes mesmo de Goiânia. O nome da praça é uma homenagem ao coronel goiano nascido na cidade de Silvânia em 1853. O coreto, o busto do coronel Joaquim Lúcio e o jardim que se delineia em seu centro compõem o cenário mais agradável e bonito do bairro. Nosso primeiro motivo para amar Campinas.

Coreto de Campinas

Praça Joaquim Lúcio nos anos 40.

 

Matriz de Campinas

A história da Matriz de Campinas começa no ano de 1843, 90 anos antes do nascimento de Goiânia. Campinas ainda era “Campininha das Flores”, um lugarejo pouco habitado no interior de Goiás. A atual igreja (a construção original foi demolida no início dos anos 60) é a maior de Goiânia, e entra na nossa lista de razões para amar Campinas.

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Antiga Matriz de Campinas, demolida no início dos anos 60.

 

Colégio Santa Clara

Com mais de nove décadas de história, o Colégio Santa Clara é um dos cartões-postais de Campinas. Foi fundado em 1922 por quatro Irmãs Franciscanas vindas da Alemanha com a missão de fundar um colégio para a educação de meninas na isolada cidadezinha de Campininha das Flores. O Colégio Santa Clara acompanhou a gestação de Goiânia, sonho do visionário Dr. Pedro Ludovico, e colaborou para o progresso e desenvolvimento da nova capital.

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Colégio Santa Clara, edifício estilo Art Déco.

 

Biblioteca Municipal Cora Coralina

O antigo Palace Hotel, inaugurado em 1939, hoje abriga a Biblioteca Municipal Cora Coralina, homenagem à poeta vilaboense que é uma das principais expressões culturais do Estado. O prédio da biblioteca foi construído no estilo Art Déco na década de 30, e sua sacada serviu de palco para discurso de importantes políticos, entre eles, os presidentes Juscelino Kubitschek e João Goulart. Hoje, a Biblioteca conta com um acervo aproximado de 23 mil livros e nos dá motivos de sobra para amar a velha Campininha das Flores.

O então Palace Hotel, em fotografia da década de 60.

 

Parque Campininha das Flores

O Parque Municipal Campininha das Flores – José Mulser é mais um bom motivo para amar Campinas. A unidade de conservação que fica no final da Avenida 24 de outubro com a Rua 18 B e Avenida Padre Wendel, conta com pista de caminhada, parquinho infantil, estação de ginástica, bancos de madeira e um lindo lago com fonte, tudo isso em uma ampla área de 32 mil metros. O lugar é ponto de encontro dos moradores do bairro e bairros adjacentes, local de descanso e preservação da natureza. Amamos!

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No  local em que foi construído o parque funcionava, desde de 1915, o curtume São José, fundado pelo austríaco José Mulser. Ele veio ao Brasil para conhecer a Amazônia e passando por Campinas se encantou com as belezas da região. Em homenagem a ele, o parque foi batizado com seu nome.

 

Mercado de Campinas

Construído em 1954 para atender os moradores do já bairro de Campinas e dos bairros adjacentes, o Mercado é um dos cartões-postais do setor. Inicialmente, contava com açougues, bares e mercearias; atualmente, conta com 73 permissionários que oferecem diferentes produtos: artigos importados, tecidos, malhas, calçados, refeições, lanches e prestação de serviços, dentre outros.

O mercado conta ainda com área destinada à cultura e lazer, oferecendo para a população eventos constantes.

 

Pastel do Mercado Municipal

No Inácios, os pastéis são feitos na hora! Uma delícia que cai bem em qualquer hora do dia ou da noite.

E por falar no Mercado de Campinas, a gente não poderia esquecer aquele que é, de acordo com os frequentadores do lugar, um dos melhores pastéis de Goiânia! Quem quiser tirar a prova, basta procurar pelo Inácios Lanches e Restaurantes, que oferece uma variedade de pasteis para agradar todos os paladares. Mais um bom motivo para guardar Campinas do lado esquerdo do peito.

 

Cemitério de Nossa Senhora de Santana (Cemitério Santana)

Você deve estar se perguntando: “Por que amaríamos um cemitério?”. A resposta é simples: não se trata de um cemitério qualquer, estamos falando do Cemitério Santana, o mais antigo da capital. Passear por suas ruas nos proporciona uma verdadeira aula sobre história e arte. 

Com estilo Art Decó, o cemitério – que tem mais de 75 anos – tem jazigos ricos em detalhes, imponentes e com esculturas em bronze. Estão enterrados ali pioneiros da capital e personalidades, entre elas, o fundador de Goiânia, Pedro Ludovico Teixeira. Um verdadeiro museu a céu aberto.

Cemitério

Cemitério

Jazigo da família de Pedro Ludovico Teixeira no Cemitério Santana.

 

Centro Cultural Gustav Ritter

Fundado em 1988, o Centro Cultural Gustav Ritter visa à formação artística, atendendo a população de baixa renda que, não fosse a iniciativa da escola, não teria acesso aos diversos cursos oferecidos gratuitamente no Centro. Foi instalado na antiga Casa dos Padres Redentoristas, adquirida em 1986, pelo governo do Estado de Goiás e inaugurado em 16 de novembro de 1988.  Situado no bairro de Campinas, o prédio, em estilo art-déco tardio, teve sua construção iniciada em 1946 pelo padre Oscar Chaves, foi concluído em 1950 pelo Padre Antônio Penteado e tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Estado de Goiás pelo decreto n° 4.943 de 31 de agosto de 1998. Excelente motivo para amarmos o bairro de Campinas.

 

Estádio Antônio Accioly

O Estádio Antônio Accioly pertence ao clube Atlético Goianiense, time que foi fundado em 2 de Abril de 1937, o primeiro time de futebol da cidade de Goiânia. O estádio foi demolido em 2001 para a construção de um Shopping Center, mas foi reconstruído e voltou a funcionar em 2005.

Os torcedores do Atlético Goianiense guardam a esperança de ver seu time jogar no Accioly em 2016. 

 

Camelódromo de Campinas

Localizado na Avenida Anhanguera, o Camelódromo de Campinas fica em frente a um dos terminais mais importantes de Goiânia, o terminal da Praça “A”. Inaugurado em dezembro de 1995, foi pioneiro no segmento de comércio popular na cidade, sendo referência para vários outros estabelecimentos do gênero em todo o estado e também no Brasil. Possui uma área de 3000 mil m² e cerca de 350 lojas dos mais diversos segmentos: eletrônicos, brinquedos, games, pesca, perfumaria, relojoaria, confecções, celulares, além de lanchonetes e sorveterias.

 

 

Comércio de Campinas

Tudo o que você quiser você encontra em Campinas. O bairro é o maior polo atacadista de Goiânia, e conta também com filiais de grandes lojas brasileiras de diversos segmentos. Campinas também é famosa por ser um dos lugares favoritos das noivas, com várias lojas destinadas à venda ou aluguel de vestidos de noiva e trajes de festas em geral. Conta também com grandes lojas de tecidos e aviamentos, o paraíso das costureiras e alfaiates. Se você quiser resolver todos os seus problemas, pode ir pra Campininha: lá tem de tudo um pouco, confirmando o potencial de município independente que sempre teve nossa Campinas.

 

Casas históricas em Campinas

Restaram poucas casas históricas em Campinas. Resistindo ao tempo e à especulação imobiliária, os imóveis residenciais mais antigos do bairro nos brindam com sua arquitetura inusitada para os dias de hoje e nos permitem resgatar um pouco da história de Campinas e da capital. Mais um motivo para amarmos um dos bairros mais importantes de Goiânia.

Casa

Casa histórica na rua Santa Luzia, esquina com Avenida Rio Grande do Sul, Campinas. Fotografia de Valter Mustafé.

Casa

Casa histórica na Rua Rio Verde, Campinas. Fotografia de Valter Mustafé.

Casa histórica na Rua Senador Morais Filho, Campinas.

 

Foto de capa: Reprodução/ Nina Pimenta