Vinhos produzidos nos arredores de Brasília estão fazendo sucesso

Escrito por: Thayná Rodrigues 

 

Há alguns anos, o Coronel José Antonio Pires Golçalves, produziu o primeiro vinho em solos goianos, mas devido à morte precoce de sua filha, desistiu de sua produção e nem chegou a colocar os vinhos à venda.

Em 2008, o goiano Marcelo de Souza aproveitou a história do Coronel e comprou uma lavoura na região de Cocalzinho, cerca de 50km de Brasília, para começar seu plantio de parreiras e produção de vinhos.

Para produzir mais de uma vez ao ano, Souza começou a fazer poda dupla. A tecnologia é um trunfo, aliado ao clima do Cerrado. Sem chuva, a uva pode ficar no pé por mais tempo. O amadurecimento perfeito dá mais explosão aos sabores e aromas de um vinho “ultrapremium”.

Logo na primeira safra, o rótulo Bandeiras ganhou medalha de ouro na Grande Prova do Anuário Vinhos do Brasil de 2013, feito pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e pela revista Baco.

Hoje, o Vale de Marcelo de Souza está cheio de cultivo e são produzidos sete rótulos em sua vinícola. O mais barato custa R$ 85. Cada garrafa do Bandeiras, rótulo mais conhecido, sai por R$ 180. O Intrépido, um vinho ainda mais caro, vale R$ 200. 

Para especialistas, os vinhos do cerrado se parecem mais com os produzidos na Argentina e no Chile do que os produzidos no sul do Brasil.

 

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Imagem: Época / Reprodução

Já em Paraúna, distante cerca de 370km de Brasília, a vinícola Serra das Galés, que cultiva uvas trazidas da França e de Portugal, lançou recentemente o rótulo Muralha, com syrah e touriga nacional.

Em Girassóis, o empresário Sergio Resende estreia no ramo com o seu vinhedo que dará a primeira safra neste ano. Seu diferencial se dá na irrigação, que é um sistema semelhante ao usado em Israel, onde também o tempo é muito seco. Ele espera colher 5 toneladas de uvas syrah e pinot noir e já pretende vender parte da produção no Natal.

 

Imagem: Produtos Finos / Reprodução

 

7 motivos para você conhecer (e se apaixonar) por Paraúna em Goiás

Muitos mistérios cercam Paraúna. A pouco mais de 100 km de Goiânia e 350 km de Brasília, a cidade abriga histórias e lendas repassadas pelos moradores das redondezas, que afirmam que a região é visitada ou habitada por seres estranhos (alguns até vindos de outros planetas). O misticismo está relacionado às grandes formações rochosas e às construções antigas que a cidade abriga, principal cartão-postal e atrativo turístico da cidade. Realidade ou ficção, o que se pode afirmar é que Paraúna é cheia de belezas naturais que merecem ser vistas de perto. Confira agora algumas das atrações turísticas de Paraúna e programe-se para conhecer a cidade!

 

Morro da Igrejinha e Cristo Redentor

MorroFoto: Overmundo

Morro da Igrejinha e Cristo Redentor em Paraúna

Dentro da cidade, vale visitar o Morro da Igrejinha, que abriga a Capela de Nossa Senhora da Guia. Ao lado da igreja está a imagem do Cristo Redentor, que tem mais de 10m de altura. O Morro da Igrejinha oferece uma vista única da cidade de Paraúna.

 

Sítio Arqueológico Serra das Galés

PEdraFoto: Goiás Turismo

Pedra do Cálice, na Serra das Galés em Paraúna

Reconhecida desde 1996 como Reserva Particular do Patrimônio Natural, a Serra das Galés abriga formações rochosas que intrigam o público visitante e formam a principal atração turística da cidade. As imagens formadas pelas rochas impressionam pela semelhança com objetos, pessoas e animais, como a Pedra da Tartaruga, o Lorde Francês, a Máquina de Escrever e a formação rochosa mais famosa da Serra e cartão-postal de Paraúna: o Cálice de Pedra, que tem cerca de 15m de altura. A Serra das Galés também é ideal para trilhas.

Pedra

Pedra da Tartatura, na Serra das Galés

Lorde

Lorde Francês, na Serra das Galés

 

Serra da Portaria

SerraFoto: Caroline Constantino | Do Cerrado

Serra da Portaria, em Paraúna

Localizado no Parque Estadual de Paraúna, a Serra da Portaria também abriga resquícios de construções de pedra e outros vestígios de antigas civilizações, que podem ter ligações com os povos maias e incas. Ao pé da Serra há um salto que forma uma piscina natural, adequada para banho.

 

Serra da Arnica

SerraFoto: J. A. Fonseca

Serra da Arnica, em Paraúna

Nome recebido em virtude da grande quantidade da plantinha “arnica” no local, a Serra da Arnica é mais um espaço que abriga formações rochosas de grande mistério, como um monumento formado por pedras que se elevam como uma fortaleza e uma incrível figura que lembra um felino em posição de esfinge. A Serra da Arnica também é frequentada por atletas para a prática de trilhas de motos.

 

Muralha de Pedra

MuralhaFoto: J. A. Fonseca

Muralha de Pedra em Paraúna

Conjunto de rochas alinhadas que formam uma estrutura semelhante a um grande muro, a Muralha de Pedra tem mais de 80 km de extensão e chama a atenção dos visitantes pelo formato, que parece com degraus.

 

Ponte de Pedra

PonteFoto: Caroline Constantino | Do Cerrado

Ponte de Pedra, em Paraúna

Na divisa de Paraúna com Rio Verde, a força das águas do Rio Ponte de Pedra esculpiu uma ponte natural de pedra. Por baixo dela, por onde passa o rio, formou-se uma caverna cheia de estalactites e estalagmites de grande beleza e interesse científico – uma verdadeira obra de arte criada pela natureza.

RioFoto: Goiás Turismo

Rio da Ponte de Pedra

 

Cachoeiras do Cervo e do Desengano

CachoeiraFoto: Goiás Turismo

Cachoeira do Desengano, em Paraúna

A Cachoeira do Cervo pode ser vista de longe: abrigando um complexo de saltos e cachoeiras, que formam poços adequados para banho, perfeito para relaxar. Uma das quedas do complexo tem 12 metros de altura. Com nascente na Serra das Divisões, a Cachoeira do Desengano é uma de três quedas d’água do complexo e uma das mais visitadas da cidade.

 

Serviço

Paraúna – Goiás

Como chegar: Paraúna fica a 126km de Goiânia e 350 km de Brasília, com acesso pela BR-060.

Informações de hospedagem e alimentação: (64) 3556-7200

Foto de capa: Serra das Galés, em Paraúna, por G1