Coronavírus: novo decreto fecha comércio e prorroga suspensão de aulas no DF até 5 de abril

O Governo do Distrito Federal emitiu novo decreto nesta quinta-feira (19 de março) em que amplia para o dia 5 de abril o fechamento de escolas e academias. Seguindo a publicação, os estabelecimentos comerciais também estão fechados a partir desta sexta-feira (20). A nova medida busca conter o avanço da pandemia do novo coronavírus na capital.

Estão contidos neles todas as restrições impostas nos decretos anteriores. Terão de fechar as portas cinema, teatro, faculdades, das redes de ensino pública e privada, academias, museus, Zoológico, parques ecológicos, recreativos, urbanos, vivenciais.

O novo decreto ampliou também a relação dos estabelecimentos que deverão fechar. Boates, casas noturnas, atendimento ao público em shoppings centers, feiras populares e clubes recreativos, shoppings centers, cultos e missas de qualquer credo ou religião, salões de beleza e centros estéticos também são obrigados a suspender suas atividades pelos próximos 17 dias.

Ficam autorizados a funcionar somente laboratórios, clínicas de saúde, farmácias e serviços de entrega em domicílio (delivery). Já o atendimento ao público em todas as agências bancárias e cooperativas de crédito no Distrito Federal será feito de forma parcial. De acordo com o decreto, as instituições bancárias públicas e privadas deverão conceder atendimento a pessoas com doenças graves.

O decreto está disponível aqui.

Foto: Agência Brasília

Crise: após 40 anos de funcionamento, Piantella fecha as portas

Após décadas de funcionamento, o tradicional restaurante Piantella fechou as portas. Neste restaurante, localizado na 202 Sul, políticos fizeram inúmeros acordos e articulações que definiram os rumos da República nos últimos 40 anos.

O último dia de funcionamento foi nessa quarta-feira (31/8). O dono do local, o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, comunicou a decisão por meio de um grupo de whatsapp.

“Hoje é um dia especialmente difícil. Depois de anos tentando salvar o Piantella, me vejo na obrigação de fechar as portas. Não tenho apego às questões materiais, o que me comove é que o Piantella era uma segunda casa para muita gente. Ali se trabalhou pela redemocratização, pelas Diretas Já, ali famílias se reuniram e viram o costume de estar lá. Simples assim, de geração para geração, era onde os amigos se encontravam. Era um patrimônio imaterial da cidade. Por isso, tentei tanto manter aberto nosso bom e velho Piantella. Tem horas, porém, que a realidade tem que ser enfrentada. Me despeço do Piantella como quem se despede de um amigo e me lembrarei das incontáveis noites, madrugadas, tardes que viravam notite, das cantorias ao pé do piano, e esta lembrança boa, divertida, alegre que me acompanhará pela vida toda. La vie cest pas un lonmg fleuve tranquille”, escreveu Kakay.

Ulysses Guimarães e Luís Eduardo Magalhães tinham lugares reservados sempre. O novo presidente da República, Michel Temer também tinha mesa cativa no bar e restaurante.

O ex-ministro José Dirceu era outro que frequentava o lugar para degustar vinhos com a cúpula do PT.O Piantella também foi o QG da oposição que derrubou o ex-presidente Fernando Collor, em 1992.

Kakay não conseguiu superar a crise. Quando entrou na sociedade há 17 anos, a dívida do restaurante já era alta. Em 2011, dividiu a conta em 180 meses, tentou uma parceria com o chef Alex Atala, ainda fez um novo cardápio com preços mais baratos, mas não salvou o patrimônio.